Nesta quinta-feira, o Vaticano confirmou que recebeu a solicitação da Nicarágua para a recepção de 12 sacerdotes recentemente libertados e expulsos do país centro-americano. O acordo para o envio desses religiosos à Santa Sé foi alcançado após negociações com as autoridades eclesiásticas da Nicarágua e do Vaticano.
O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, divulgou a informação: “Posso confirmar que foi solicitado à Santa Sé que recebesse 12 sacerdotes da Nicarágua, recentemente libertados da prisão. A Santa Sé aceitou, eles serão recebidos por um funcionário da Secretaria de Estado à tarde e alojados em algumas instalações da Diocese de Roma”.
A libertação dos 12 sacerdotes ocorreu após um acordo entre o governo nicaraguense liderado por Daniel Ortega e as autoridades religiosas, embora o bispo Rolando José Álvarez Lagos tenha optado por permanecer na Nicarágua e não tenha sido incluído no grupo.
De acordo com o comunicado do governo da Nicarágua, a transferência dos 12 sacerdotes para o Vaticano foi resultado de “frutuosas conversas com a Santa Sé”. O comunicado destaca que o acordo reflete o compromisso contínuo de encontrar soluções para os problemas enfrentados pelos crentes nicaraguenses.
Os sacerdotes que foram libertados e enviados ao Vaticano são Manuel Salvador García Rodríguez, José Leonardo Urbina Rodríguez, Jaime Iván Montesinos Sauceda, Fernando Israel Zamora Silva, Osman José Amador Guillén, Julio Ricardo Norori Jiménez, Cristóbal Reynaldo Gadea Velásquez, Álvaro José Toledo Amador, José Iván Centeno Tercero, Pastor Eugenio Rodríguez Benavidez, Yessner Cipriano Pineda Meneses e Ramón Angulo Reyes.
A oposição afirma que os padres eram “presos políticos” e estavam detidos por suas críticas ao governo ou porque expressaram apoio aos protestos de 2018.
Por outro lado, o bispo Álvarez Lagos havia sido condenado em fevereiro a mais de 26 anos de prisão por “traição à pátria” após se recusar a ser expulso da Nicarágua para os Estados Unidos junto com outros 222 presos políticos. Essa decisão de Ortega levou ao rompimento das relações entre o governo nicaraguense e o Vaticano, com o presidente do país descrevendo a Igreja como uma “máfia”.
Exibir Gospel / Leiliane Lopes
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