Um evangelista em Uganda foi assassinado após converter muçulmanos ao cristianismo. Yowabu Sebakaki, de 52 anos, foi morto a golpes de espada enquanto voltava para casa de bicicleta, próximo a um vilarejo em Nyanza. O incidente ocorreu enquanto Sebakaki estava acompanhado de David Nkomba, que testemunhou o ataque.
Sebakaki havia conduzido recentemente uma aula de discipulado para novos convertidos, segundo informações do Morning Star News.
“Quando estávamos a cinco quilômetros de chegar à fazenda, por volta das 18h20, uma motocicleta se aproximou rapidamente de nós e, em pouco tempo, Sebakaki foi atingido por um objeto, que acabou sendo uma ‘panga’ [espada longa somali] nas costas, perto do pescoço,” relatou Nkomba ao veículo. “Ele caiu e… em seguida, foi golpeado novamente por outra panga na cabeça. Sebakaki perdeu a consciência devido ao sangramento excessivo.”
Nkomba descreveu que outros atacantes gritavam ameaças, sugerindo que Sebakaki orasse para ser salvo por seu Deus, e acusavam-no de enganar as pessoas sobre a vida após a morte oferecida por Jesus. Nkomba conseguiu fugir, mas afirmou ter reconhecido um dos agressores como um jovem muçulmano radical.
Sebakaki morreu a caminho do hospital. Ele já havia recebido ameaças de extremistas islâmicos, especialmente depois de ter debatido com estudiosos muçulmanos e defendido o cristianismo com firmeza. Em janeiro, ele teria sido agredido após um desses debates.
Em uma das ameaças, os militantes exigiram que Sebakaki “parasse de pregar e converter muçulmanos ao cristianismo”, advertindo que sua vida estaria em perigo caso continuasse a divulgar o Evangelho.
O caso de Sebakaki ocorre pouco tempo após outro evangelista, Richard Malinga, ser assassinado no leste de Uganda por extremistas muçulmanos depois de compartilhar o Evangelho. Malinga foi encontrado morto em 17 de junho, com sinais de violência.
Uganda, um país de maioria cristã, enfrenta desafios relacionados ao extremismo islâmico. De acordo com a Voice of the Martyrs, a presença de extremistas tem resultado em discriminação e perseguição, principalmente para muçulmanos convertidos ao cristianismo.
“A influência do islamismo radical tem crescido gradualmente, e muitos cristãos em regiões de maioria muçulmana enfrentam perseguição severa, especialmente aqueles que deixam o islamismo”, destaca a organização. Apesar dos riscos, muitas igrejas em Uganda têm buscado alcançar seus vizinhos muçulmanos e apoiar aqueles que são perseguidos após a conversão ao cristianismo.
Em uma outra ocorrência, Twaha Namwoyo e Nadiimu Katooko, um casal de recém-convertidos ao cristianismo, foram mortos no início deste ano, na vila de Bulalaka, dois meses após se converterem.
Os casos de violência contra cristãos em Uganda levantam preocupações sobre a segurança dos convertidos e a liberdade religiosa no país.
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