Os vereadores de Cuiabá decidiram, nesta semana, pelo arquivamento do Projeto de Lei nº 18.437/2024, que propunha a inclusão da leitura de trechos bíblicos como material paradidático nas escolas públicas e particulares da cidade. A iniciativa, que foi apresentada pelo vereador Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), recebeu parecer desfavorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).
Para que o projeto avançasse, seriam necessários 13 votos favoráveis, mas a proposta contou com o apoio de apenas cinco vereadores, enquanto 12 votaram pelo arquivamento. O debate em torno do projeto foi marcado pela controvérsia sobre a Bíblia ser considerada o livro principal, em detrimento de outros textos religiosos de diferentes crenças.
Rodrigo Arruda e Sá defendeu que a leitura proposta seria opcional e sem vínculo com qualquer religião específica, sendo utilizada para fins educacionais, com enfoque em temas como história e antropologia. Ele destacou que a Bíblia é uma obra antiga e amplamente utilizada em todo o mundo.
“Foi uma matéria polêmica, mas quero deixar claro que os pais escolhem se os alunos querem participar da leitura simples paradidática ou não. Ela não é obrigatória, nem de movimento de estado laico de direito ou religião, porque não defende religião, nem catolicismo, evangélico, cristianismo, umbandista e outros, é uma leitura simples, paradidática, que vai discutir sobre história, geografia, antropologia, a criação do universo, do mundo e quem foi Deus”, afirmou o vereador.
Contrariando informações divulgadas em alguns meios de comunicação, o vereador ressaltou que a proposta visava garantir a liberdade de escolha religiosa e filosófica dos estudantes, sem impor a obrigatoriedade de participação.
Redação Exibir Gospel
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