Nesta terça-feira (3), a Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) se manifestou contra a antecipação das celebrações natalinas, anunciada pelo presidente Nicolás Maduro. O líder político decretou que o início do Natal será em 1º de outubro, “em homenagem” ao povo trabalhador venezuelano, medida que já foi adotada em anos anteriores.
Em comunicado divulgado nas redes sociais, a CEV destacou que o Natal é uma celebração universal e que a definição do tempo e do modo de sua celebração é responsabilidade das autoridades eclesiásticas.
A instituição enfatizou que a festividade não deve ser utilizada para fins propagandísticos ou políticos, lembrando que o período oficial do Advento começa em 1º de dezembro, com a preparação para o nascimento de Jesus, e que o tempo litúrgico vai de 25 de dezembro a 6 de janeiro.
Maduro justificou a decisão citando uma melhora nas perspectivas econômicas e agradecendo ao povo venezuelano pelos esforços diante dos desafios enfrentados pelo país. Ele também mencionou a continuidade da distribuição de alimentos através dos Comités Locais de Abastecimento e Produção (CLAP), uma prática intensificada durante o período natalino.
A posse de Nicolás Maduro está marcada para 10 de janeiro, após as eleições presidenciais realizadas em 28 de julho. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Maduro como vencedor com pouco mais de 51% dos votos, resultado contestado pela oposição, que acusa fraude e reivindica uma verificação independente dos resultados.
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