Proposta de isenção fiscal para igrejas enfrenta resistência da bancada evangélica

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O grupo que apoia o ex-presidente Bolsonaro tem dificultado a aproximação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a ala evangélica. Essa resistência bolsonarista se deve às negociações para a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) das Igrejas, que visam aumentar os benefícios fiscais aos templos religiosos. Segundo dados da Receita Federal, a renúncia fiscal para entidades sem fins lucrativos, incluindo igrejas, já alcança R$ 40,2 bilhões, podendo chegar a R$ 60,2 bilhões com a inclusão de novos benefícios na PEC.

A tramitação da PEC depende do acordo com a bancada evangélica, que atualmente está dividida. O deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), relator da proposta, busca ampliar os benefícios às igrejas, aproximando-se do atual governo. No entanto, na última negociação com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, não ficou claro quando a votação poderá ocorrer.

Apesar das tentativas de acordo, líderes da bancada evangélica, como o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), afirmam que ainda há questões a serem esclarecidas e que a votação da PEC não acontecerá tão cedo. A proposta já foi aprovada em uma comissão especial, garantindo isenções em relação a diversos bens e serviços para as entidades religiosas.

O ministro Padilha, otimista, acredita que houve avanço no diálogo com a bancada e que um acordo está próximo. No entanto, os evangélicos bolsonaristas mantêm críticas ao texto, principalmente em relação à definição dos benefícios e à participação do Confaz e do Comitê Gestor do IVA nesse processo.

Para Lula, a conquista do eleitorado evangélico é importante, mas o presidente tem evitado acenos diretos aos religiosos, que ainda estão muito alinhados a Bolsonaro. A desaprovação do governo Lula entre os evangélicos é de 62%, segundo pesquisa Genial/Quaest, realizada em fevereiro. A aprovação do petista dentro desse grupo é de 35%.

No governo, ministros evangélicos tentam ampliar o contato com a bancada evangélica, mas a resistência ao governo Lula ainda é evidente nesse segmento.

Redação Exibir Gospel

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