O Ministério Público de Minas Gerais (MP/MG) denunciou a influenciadora Michele Abreu por intolerância religiosa. Ela é acusada de associar a calamidade pública no Rio Grande do Sul a religiões de matriz africana em suas publicações nas redes sociais.
“Eu não sei se vocês sabem, mas o Estado do Rio Grande do Sul é um dos Estados com maior número de terreiros de macumba, mais do que a Bahia. (…) Alguns profetas já estavam anunciando sobre algo que ia acontecer no Rio Grande do Sul, devido à ira de Deus mesmo. As pessoas estão brincando e muitos inocentes pagam o preço junto”, disse a mulher em um vídeo.
A denúncia se fundamenta no artigo 20 da Lei 7.716/89, que criminaliza a prática ou incitação de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Em 5 de maio, Michele publicou um vídeo que vinculava as enchentes no Estado à presença de terreiros de religiões de matriz africana. O vídeo, que viralizou, acumulou três milhões de visualizações.
A promotora de Justiça Ana Bárbara Canedo Oliveira afirma que a influenciadora, com 43 anos e cerca de 32 mil seguidores no Instagram, induziu outras pessoas à discriminação e ao preconceito contra essas religiões. Ela solicitou que Michele seja impedida de deixar o país e de fazer novas publicações sobre religiões de matriz africana ou com informações falsas sobre a tragédia no Rio Grande do Sul.
Caso condenada, Michele pode enfrentar uma pena de dois a cinco anos de reclusão, além de multa.
Redação Exibir Gospel
Portal Gospel com informações de ExibirGospel.com.br
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