Em Roma, uma pintura do século IV encontrada em uma catacumba reacendeu discussões sobre como Jesus foi representado nas primeiras representações artísticas. A imagem mostra Jesus realizando o milagre da multiplicação dos pães enquanto segura um objeto que alguns especialistas acreditam ser uma “varinha mágica”.
Outras obras da mesma época também ilustram Jesus realizando milagres, como curar doentes e ressuscitar Lázaro, com um objeto semelhante em suas mãos. Isso levou alguns historiadores a sugerirem que Jesus poderia ter sido visto como um mago por alguns de seus seguidores.
Entretanto, há uma interpretação alternativa que é mais aceita por pesquisadores: o objeto seria um cajado, uma referência ao profeta Moisés, conhecido por realizar milagres como a divisão do Mar Vermelho. Associar Jesus a Moisés poderia ter sido uma estratégia para legitimar sua autoridade e divindade, segundo o jornal britânico Daily Mail.
Lee Jefferson, presidente do programa de religião no Centre College, comentou: “Ele é como um novo Moisés”. Jefferson destacou que o cajado representava um símbolo de poder reconhecido na época, assim como pergaminhos eram associados à sabedoria.
A prática de figuras religiosas segurando varinhas ou bastões tem uma longa tradição, com varinhas sendo usadas em rituais sagrados no Zoroastrismo desde o século IX a.C. A relação entre Jesus e esses objetos continua sendo um ponto de discussão.
Uma das representações mais notáveis aparece na porta de madeira da Igreja de Santa Sabina, em Roma, onde Jesus é retratado com um objeto longo em várias cenas bíblicas, como a ressurreição de Lázaro e a transformação de água em vinho.
Apesar das diversas representações, a maioria dos estudiosos acredita que os seguidores de Jesus o viam realizando milagres, e não magia. “Você não gostaria que seu semideus fosse chamado de mágico, porque isso o faria parecer menos poderoso”, explicou Jefferson.
Redação Exibir Gospel
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