No dia 13 de outubro, o pastor Ed René Kivitz, líder da Igreja Batista de Água Branca (IBAB), causou controvérsia ao descrever Deus com termos femininos, durante uma pregação. Em sua fala, Kivitz usou a expressão “deus mãe” para transmitir a ideia de acolhimento e proteção, mencionando o “colo de Deus” e o “peito do deus mãe”. Ele também sugeriu uma quarta figura na Trindade, ao citar “deus peito amamentando”.
A interpretação de Kivitz partiu de uma reflexão sobre o Salmo 131, onde o salmista compara seu sentimento de paz e segurança em Deus com o aconchego de um bebê em relação à mãe. O texto bíblico, porém, não atribui uma identidade feminina a Deus e tradicionalmente adota termos masculinos. No Novo Testamento, Jesus se refere a Deus como “Aba, Pai”, reforçando a ideia de um vínculo paternal próximo.
O pastor comentou sua visão dizendo: “Não tem uma vida mais maravilhosa do que você perceber-se, assumir-se, repousando no colo do deus mãe, no peito do deus mãe e ficar ali”. Ele ainda mencionou “a mamãe do céu”, reinterpretando a expressão de Marcos 14:36, onde Jesus usa o termo “Aba, Pai” ao se referir a Deus.
Renato Vargens, também pastor, criticou publicamente a pregação de Kivitz, chamando o conteúdo de “falso ensino”. Em um artigo, Vargens afirmou que Kivitz utiliza uma linguagem “politicamente correta” para atrair simpatizantes, mas que suas mensagens seriam contrárias aos ensinamentos bíblicos e à doutrina batista. Vargens questionou até quando a Igreja Batista de Água Branca permanecerá na Convenção Batista Brasileira, considerando que os ensinamentos de Kivitz não estariam alinhados com os princípios batistas.
Essa não é a primeira vez que Kivitz gera debates no meio religioso. Em outras ocasiões, pregações polêmicas levaram à sua expulsão da Ordem dos Pastores Batistas Brasileiros (OPBB).
Redação Exibir Gospel
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