Um estudo recente conduzido pelas instituições Infinity Concepts e Grey Matter Research revelou que a maioria dos evangélicos nos Estados Unidos acredita que o uso das redes sociais é mais prejudicial do que benéfico para sua fé, embora continuem utilizando essas plataformas. A pesquisa, intitulada Helpful or Harmful? Evangelicals and Social Media, foi realizada com 1.039 protestantes evangélicos no início deste ano.
O Facebook lidera como a rede social mais usada pelos evangélicos, com 81% dos entrevistados relatando seu uso. Em seguida, aparecem o YouTube (71%), Instagram (45%), TikTok (35%) e Pinterest (28%).
Cerca de 54% dos entrevistados afirmaram que, mesmo considerando as redes sociais prejudiciais, continuam a utilizá-las. O principal motivo apontado para considerar essas plataformas nocivas é que elas estão “carregadas de conteúdo perigoso, prejudicial e mundano” — uma preocupação citada por 34% dos participantes. Outros 29% consideram as redes prejudiciais em geral, não apenas para os cristãos. Além disso, 15% mencionaram que as redes sociais podem influenciar negativamente a fé, enquanto outros citaram doutrinas falsas, desinformação sobre o cristianismo e casos de assédio contra cristãos.
Apesar das críticas, 42% dos evangélicos consideram as redes sociais mais benéficas do que prejudiciais. Entre os motivos positivos, 47% destacaram a possibilidade de usá-las para evangelização. Outros 18% apontaram a facilidade de acesso a conteúdos cristãos, enquanto alguns ressaltaram a criação de comunidades online.
Os pesquisadores do estudo compararam as redes sociais a ferramentas que podem ser tanto benéficas quanto prejudiciais, dependendo do uso. “Sal conserva e preserva nossos alimentos, mas em excesso pode matar. […] Das respostas que recebemos neste estudo, as redes sociais parecem ser muito semelhantes”, destacaram.
O estudo também apontou que adolescentes nos Estados Unidos estão entre os usuários mais frequentes de redes sociais. Segundo uma pesquisa do Pew Research Center, realizada entre setembro e outubro deste ano, 90% dos adolescentes usam o YouTube, seguido pelo TikTok (63%), Instagram (61%) e Snapchat (55%). Entre eles, 15% relataram usar o YouTube de forma quase constante, enquanto 16% disseram o mesmo sobre o TikTok.
Para os pesquisadores da Infinity Concepts e Grey Matter Research, os desafios apresentados pelas redes sociais também representam oportunidades. Eles acreditam que líderes religiosos podem orientar seus congregados para um uso mais consciente dessas plataformas. “Com orientação intencional de líderes da igreja e um espírito de discernimento, as redes sociais podem se tornar uma ferramenta poderosa para espalhar o Evangelho, construir comunidades e encorajar outros fiéis”, concluíram.
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