A professora Kristie Higgs, ex-funcionária do Farmor’s School, em Gloucestershire, na Inglaterra, conquistou uma vitória no Tribunal de Apelações após ser demitida em 2019. Ela perdeu seu cargo de administradora pastoral e gerente de estágios após compartilhar publicações nas redes sociais sobre o ensino de temas LGBT+ em escolas. O tribunal considerou a demissão ilegal e discriminatória.
Em 2018, Higgs postou duas mensagens no Facebook com cerca de 100 amigos, usando seu nome de solteira. Uma das postagens fazia críticas ao que chamou de “doutrinação” nas escolas, enquanto a outra questionava a remoção do cristianismo da esfera pública. Embora o conteúdo das mensagens se referisse à escola primária de seu filho, a escola onde trabalhava alegou que isso poderia prejudicar sua reputação.
O tribunal havia enviado o caso de volta a outro tribunal para reavaliar se a demissão seria legal. No entanto, a decisão tomada pelos juízes da Corte de Apelação foi clara: a remessa do caso anterior para novo julgamento foi “ilegalmente discriminatória”, garantindo o direito de Higgs à proteção de suas crenças sob a Lei de Igualdade.
As publicações de Higgs criticavam a promoção da “fluidez de gênero” no ensino primário e a equiparação do casamento entre pessoas do mesmo sexo ao casamento tradicional entre um homem e uma mulher. A escola alegou que suas postagens foram um risco à imagem da instituição, justificando sua demissão por “conduta grave”.
Os juízes destacaram que, embora a escola se preocupasse com a imagem pública, não havia provas de que as postagens de Higgs tivessem sido feitas em seu ambiente de trabalho ou que ela tivesse demonstrado atitudes discriminatórias com seus alunos. Assim, a decisão da demissão não foi justificada.
Em seu pronunciamento, Higgs expressou satisfação com a decisão judicial. Ela destacou a importância do direito à liberdade religiosa e à expressão, especialmente fora do ambiente de trabalho. “Que este dia seja lembrado como um marco para a liberdade cristã e de expressão”, disse ela fora do tribunal.
Higgs também enfatizou que os cristãos devem ter o direito de expressar suas crenças nas redes sociais e em outros espaços não relacionados ao trabalho, sem temer punições. Sua vitória é vista como um avanço significativo para a proteção dos direitos de liberdade religiosa e de expressão no ambiente de trabalho.
Redação Exibir
Portal Gospel com informações de ExibirGospel.com.br
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