O Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito anunciou, em 24 de julho de 2025, a descoberta dos restos de uma antiga cidade copta no Oásis de Kharga, no Deserto Ocidental. A escavação revela a passagem do paganismo ao cristianismo nos primeiros séculos da era comum.
A área fica em Ain al-Kharab, sítio citado pelas autoridades como peça-chave para entender a fé cristã no Egito profundo. As ruínas remontam aos períodos ptolomaico e romano inicial, quando predominavam práticas politeístas.
Com o tempo, o local virou um centro da vida cristã. A missão do Conselho Supremo de Antiguidades (SCA) encontrou casas de tijolos de barro, túmulos, objetos de uso diário e duas igrejas.
Uma igreja, em estilo basílica, tem salão central com duas naves e três fileiras de colunas quadradas. A outra, menor, preserva colunas externas e inscrições coptas nas paredes internas.
Os arqueólogos também registraram um mural que mostra Jesus curando doentes. A imagem é vista como sinal da fé já consolidada naquela comunidade.
“Essas descobertas confirmam o papel do Oásis de Kharga como centro religioso e social em diferentes períodos históricos”, disse Mohamed Ismail Khaled, secretário-geral do SCA.
O ministro do Turismo e Antiguidades, Xerife Fathy, afirmou que a descoberta “amplia a compreensão do cristianismo primitivo no Egito” e reflete a riqueza cultural do país.
Segundo os pesquisadores, houve várias fases de ocupação. Estruturas da era romana foram adaptadas para usos cristãos e, depois, islâmicos, indicando longa continuidade.
De acordo com a Archaeology Magazine, surgiram cerâmicas, óstracos, utensílios de vidro e pedra, grandes potes de armazenamento e fornos. Os achados apontam para uma vida cotidiana ativa no assentamento.
A descoberta em Ain al-Kharab reforça a importância de escavar regiões pouco estudadas. O sítio segue em investigação e pode revelar novos dados sobre a história espiritual e cultural do Egito.
Exibir Gospel
Portal Gospel com informações de ExibirGospel.com.br
https://ift.tt/TqipuAn
