Circula em sites cristãos internacionais a notícia de que as igrejas registradas na China estão sendo obrigadas a instalar câmeras com reconhecimento facial. Os relatos foram divulgados por veículos como Worthy News e CBN News, mas o site Persecution.Org, que monitora a perseguição religiosa global, já mencionava esse tipo de prática desde 2019, embora sem novas publicações sobre o tema em 2025.
As denúncias indicam que as câmeras estão sendo colocadas em todos os cantos dos templos, inclusive no púlpito, para monitorar quem frequenta os cultos, com que frequência e o que é dito.
“Todos os quatro cantos da igreja, incluindo o púlpito, têm que ter câmeras de reconhecimento facial”, disse Bob Fu, presidente da organização China Aid. “Eles estão vigiando todos.”
Segundo as reportagens, as medidas fazem parte de um controle mais rígido do governo chinês sobre as religiões. Desde 1º de maio, novas regras barram a atuação de missionários estrangeiros e limitam até o apoio a ministérios que não tenham aprovação estatal.
Além da vigilância, as igrejas autorizadas devem cantar o hino comunista antes dos cultos e pregar sermões que estejam de acordo com os valores do regime. Líderes cristãos dizem que o objetivo é impedir que a fé cristã cresça como forma de resistência social, especialmente diante da crise econômica e de protestos recentes no país.
Jeff King, presidente da organização International Christian Concern, declarou: “As pessoas estão nas ruas, buscando sentido. E isso assusta o regime.”
Fu também afirmou que o controle se estende a estudos bíblicos em casas e a projetos sociais ligados a cristãos estrangeiros. Apesar disso, muitos fiéis seguem se reunindo secretamente em igrejas domésticas, fora do alcance das câmeras.
De acordo com a missão Portas Abertas, a China ocupa o 15º lugar na lista de países que mais perseguem cristãos em 2025. Estima-se que o número de cristãos no país esteja entre 80 e 100 milhões.
Exibir Gospel
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