O governo de Israel aprovou nesta sexta-feira (9) um cessar-fogo com o grupo Hamas. O acordo prevê a suspensão dos ataques em Gaza em até 24 horas e a libertação dos reféns israelenses mantidos no território dentro de três dias.
A medida foi ratificada pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, após negociações mediadas pelos Estados Unidos e outros países. Em troca, Israel deve libertar centenas de prisioneiros palestinos e reduzir a presença militar na Faixa de Gaza.
O presidente norte-americano Donald Trump, que apresentou o plano, afirmou que pretende visitar a região no domingo. Ele disse esperar que o acordo seja um passo para “uma paz duradoura” no Oriente Médio. O Brasil também saudou a decisão e reforçou sua defesa da solução de dois Estados.
Enquanto a trégua não entra em vigor, os combates continuam em Gaza. Autoridades locais relataram ataques aéreos que deixaram mortos e feridos. Tropas israelenses foram vistas desmontando posições militares em áreas centrais da Faixa, sinal de possível retirada.
O Hamas declarou ter recebido garantias de que a guerra chegou ao fim. Líderes e civis palestinos comemoraram a notícia. “Graças a Deus pelo cessar-fogo, o fim do derramamento de sangue e das mortes”, disse Abdul Majeed Abd Rabbo, morador do sul de Gaza.
Familiares de reféns em Tel Aviv também reagiram com emoção. “Não consigo explicar o que estou sentindo… é uma loucura”, afirmou Einav Zaugauker, mãe de um jovem ainda em poder do Hamas.
Apesar da expectativa, pontos do acordo seguem indefinidos. A lista de prisioneiros palestinos a serem libertados ainda não está concluída, e setores da coalizão de Netanyahu se opõem à negociação. Mesmo assim, diplomatas consideram o anúncio o avanço mais concreto em dois anos de guerra, que já deixou mais de 67 mil palestinos mortos.
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