Soldados ligados ao Estado Islâmico decapitaram cristãos e incendiaram igrejas e casas em vilarejos de Moçambique e da República Democrática do Congo, entre os dias 20 e 28 de julho, segundo o instituto de pesquisa MEMRI.
As ações mais recentes ocorreram nas províncias de Cabo Delgado (Moçambique) e Ituri (Congo), onde os jihadistas atacaram igrejas cristãs, mataram civis, incendiaram lojas e veículos e celebraram os assassinatos em fotos divulgadas por eles próprios.
Em um único ataque no Congo, no dia 27 de julho, pelo menos 45 pessoas foram mortas na vila cristã de Komanda. Já no norte de Moçambique, nove cristãos foram mortos em diferentes ataques durante oito dias.
Os grupos responsáveis são o Estado Islâmico na Província de Moçambique (ISMP) e o Estado Islâmico na África Central (ISCAP). Eles divulgaram imagens das ações, incluindo corpos de vítimas e casas em chamas.
Segundo o vice-presidente do MEMRI, Alberto Miguel Fernandez, o objetivo desses jihadistas é eliminar comunidades cristãs. “Cristãos não são convidados a se unir ao grupo. Eles são diretamente alvos de destruição”, afirmou à Fox News.
Fernandez classificou a situação como um “genocídio silencioso” e alertou que esses grupos estão se expandindo em países frágeis da África, aproveitando o vácuo de poder para impor seu domínio com violência religiosa.
A ONU relatou que os ataques em Moçambique deixaram mais de 46 mil deslocados em apenas oito dias. Cerca de 60% das vítimas são crianças, segundo a Organização Internacional para Migrações.
Organizações como Médicos Sem Fronteiras têm prestado ajuda emergencial a deslocados, especialmente no distrito de Chiure. A situação afeta também projetos econômicos: desde 2021, um investimento de US$ 20 bilhões da TotalEnergies está suspenso por causa da violência.
O grupo Estado Islâmico atua em Moçambique há pelo menos oito anos, com apoio do grupo ADF no Congo, que jurou lealdade à organização em 2019 e busca criar um califado islâmico na região. As informações são da Fox News.
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