A pastora Ana Paula Valadão respondeu, nesta semana, a mensagem de uma mulher de 41 anos que perguntou como manter a esperança de casar. A fala da líder cristã chamou atenção por tratar a solteirice como um período de propósito e não de punição.
Ao comentar o tema, Ana Paula afirmou que “o tempo da solteirice não é um castigo, é consagração”. Ela citou 1 Coríntios 7 para reforçar que “o solteiro ou a solteira cuida das coisas do Senhor, em como agradar ao Senhor”. Segundo a pastora, esse é um chamado espiritual legítimo.
Ela também leu Isaías 28:16 e destacou que “aquele que crê não se apressa”. Para ela, a pressa pode levar a decisões movidas pelo medo. “Quem crê descansa, quem confia espera. Quem está firme em Cristo não precisa temer o relógio”, disse. Ana Paula encorajou ainda que os solteiros aproveitem a fase para crescer. “Enquanto o casamento não vem, floresça, sirva, viaje, amadureça, realize”, afirmou.
A mensagem dialoga com uma realidade frequente nas igrejas: muitos adultos solteiros vivem um limbo entre os ministérios de jovens e os de casais. Em diversas comunidades, quem passou dos 30 ou 40 anos e ainda não se casou acaba sem um espaço claro de convivência e discipulado.
Especialistas cristãos apontam que as igrejas precisam rever essa estrutura. Defendem ações de acolhimento, com atenção às necessidades de solteiros, viúvos e divorciados, evitando que se sintam invisíveis. Entre as sugestões, está a criação de atividades específicas sem isolá-los do restante da comunidade.
Outro ponto é evitar a pressão pelo casamento. Líderes argumentam que o solteiro não deve ser visto como alguém “incompleto”, mas como parte valiosa da igreja. A recomendação é que esse público não seja tratado como “projeto” ou “casal em potencial”.
Para quem vive essa fase, as orientações passam por não focar apenas na solidão e buscar servir. Participar de ministérios, integrar pequenos grupos, ajudar em ações com jovens ou crianças e investir em amizades são caminhos para fortalecer a fé e a vida social.
A visão compartilhada por Ana Paula Valadão reforça essa perspectiva. O recado final da pastora resume o tom da mensagem: “A solteirice é um tempo de propósito, não um tempo perdido”.
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