O senador Carlos Viana (Podemos-MG) afirmou nesta segunda-feira (1º), em Brasília, que a maioria dos integrantes da Frente Parlamentar Evangélica do Senado não aceita se reunir com Jorge Messias, indicado pelo presidente Lula ao Supremo Tribunal Federal.
Viana disse que Messias pediu um encontro com os parlamentares, mas relatou dificuldade em construir esse diálogo. “Ouvi o pedido dele de um encontro com os senadores e o que tenho feito, primeiro como irmão da fé e segundo como presidente, é conversar com os senadores para ver se eles estão dispostos a se reunirem com o senhor Jorge Messias, pra que possam ouvi-lo”, declarou ele à CNN.
Segundo o senador, após ligar para os 17 membros da frente, a maior parte deles não quer conversar com o ministro da AGU. Ele afirmou que, por respeito ao cargo e à fé que compartilham, “seria interessante ouvi-lo”, mas destacou que duvida “muito” que uma reunião mude o voto de algum senador.
“Primeiro estou ouvindo os senadores, estou conversando com um por um deles para saber se eles estão dispostos a participar. Até o momento, a maior parte deles não quer, mas há aqueles que estão se colocando à disposição para ouvir”, afirmou. Em seguida, reforçou: “Duvido muito que um encontro que possa acontecer vá mudar a decisão de voto de cada um dos senadores”.
Viana também disse que a indicação de Messias deve ampliar o desgaste entre Legislativo e Judiciário. Ele citou a fiscalização do STF sobre o fluxo das emendas parlamentares e afirmou que a atuação da Advocacia-Geral da União, que analisa a legalidade dos repasses, aumentou a tensão entre os poderes.
Para o senador, Messias enfrenta a “desconfiança dos parlamentares a respeito do equilíbrio entre os poderes”.
A sabatina de Messias estava inicialmente prevista para 10 de dezembro. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), adiou a data porque o governo ainda não enviou a formalização da indicação à Casa.
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